História

por Interlegis — última modificação 12/07/2019 12h20

A povoação que deu origem ao Município foi fundada por Januário D’Antonio, em 1892. Doaram terras para a formação do seu patrimônio, segundo escritura lavrada no 1º Tabelionato de Notas de Jaboticabal, as seguintes pessoas: Vicente Alves, Bárbara de Siqueira, Máxima Beralda de Jesus, João Lopes de Abreu, Luiz Ricardo de Fonseca e Januário D’Antonio. Constituído o patrimônio, deu-se à freguesia a denominação de São João das Ariranhas.

O nome Ariranha, atribuído ao Município, prende-se à existência de um córrego nas imediações do antigo povoado, onde os fundadores diziam haver muitos animais denominados ariranha, designação indígena de um bicho semelhante à lontra.

O povoamento do lugar, deveu-se ao fato da existência de uma pequena pousada, com o nome de “Pousada das Três Marias”, onde os carreiros, cavaleiros ou tropeiros, costumavam acampar durante a noite, a fim de ali pernoitarem.

O nome “Três Marias” representava uma homenagem a Maria da Glória, Maria Bárbara de Jesus e Maria Maximino, proprietárias das terras localizadas nas proximidades da pousada, terras estas pertencentes a grande Fazenda Ariranha, imóvel construído com as águas vertentes do Córrego Ariranha, córrego esse que é afluente da margem esquerda do Ribeirão da Onça.

A fazenda Ariranha estava encravada na região conhecida por São Bento de Araraquara, pertencendo juridicamente à comarca de Jaboticabal.

Com a chegada dos primeiros moradores nas imediações da pousada, surgiu à criação de uma povoação, que segundo a opinião de Januário D’Antonio, um dos primeiros desbravadores destas terras, deveria chamar-se Vila de “São João”, invocando então a proteção do Santo para as fortes geadas que durante o mês de junho dizimavam os cafezais em formação.

São João de Ariranha, patrimônio São João Batista de Ariranha. Assim teve início a cidade, com o levantamento de um cruzeiro construído de aroeira e justamente ao lado da Pousada dos Carreiros, a “Pousada das Três Marias”! Começaram então a construir em volta casas de “pau a pique” (barrotes), algumas cobertas de sapé, outras de telhas.

Diversos proprietários doaram terras para o patrimônio, 36 alqueires fornecendo procuração a Januário D’Antonio, o qual, anexou terras de sua propriedade e as doou para o patrimônio São João Batista das Ariranhas.

Em 1902, com a Vila de São João das Ariranhas em formação, Januário D’Antonio transferiu o centro desta povoação para a praça São Sebastião, construindo uma pequena igreja e um coreto.

A lei estadual 1.104 de 30 de novembro de 1907, criou o distrito de Ariranha, constituído com território desmembrado do de Monte Alto, concedendo à Vila foros de Cidade.

Em 1919, após a criação do Município, o governador nomeou para Prefeito do Município, Júlio Gonçalves, o Capitão Júlio. O primeiro pleito eleitoral data de 1923 com a vitória de Souza Lima.

Em 10 de abril de 1919, é instalado o Município de Ariranha. Até 1944, Ariranha permaneceu na divisão administrativa do Estado com um só distrito, o da sede. De acordo com o Decreto-Lei Estadual nº 14.334, de 30 de novembro de 1944, de 30 de novembro de 1944, que fixou o quadrado da divisão territorial administrativa judiciária do Estado de São Paulo, vigente em 1945 – 48, Ariranha passou a ter dois distritos – Ariranha e Jaquateí, hoje Palmares Paulista.

No tocante à organização judiciária Ariranha pertenceu inicialmente, à Comarca de Catanduva, passando em 1939 para a Comarca de Santa Adélia, conforme o Decreto-Lei Estadual nº 9.775 de 30 de novembro de 1938, permanecendo nesta situação até a presente data.

Aniversário político-administrativo: 10 de abril